sábado, 22 de novembro de 2008

DIA ANTERIOR A MARATONA DE CURITIBA

Pois é gurizada...
Estou em Curitiba à 3 dias, até agora estava com o pessoal em certificação na fábrica da Furukawa - O ESPORTE FAZ ALGO IMPRESSIONANTE, AO ESTAR EM CERTIFICAÇÃO NA FURUKAWA E COMENTANDO SOBRE A MARATONA, DESCOBRI QUE A FÁBRICA COLOCARIA UMA EQUIPE, FUI CONVIDADO ENTÃO PARA CORRER A PROVA PELA EQUIPE DA FURUKAWA, COM DIREITO A CAMISETA E APOIO LOGISTICO....MUITO LEGAL SABER QUE UMA EMPRESA MULTINACIONAL, LIDER DO MERCADO NO SEU SEGUIMENTO APOIA E INCENTIVA O ESPORTE, TANTO NO PROFISSIONAL COMO TAMBÉM NO AMADOR......
Mas voltando ao tema, até este dia tudo tranquilo porque aconteciam varias atividades profissionais e você não pensa no desafio....
Voltando um pouco na semana, na segunda-feira em um treino de natação, o Julio Hermanito, me disse ao que comentei sobre esta maratona e o sentimento de receio da mesma...
- Não você não esta pronto para correr, fez o que este ano, a maratona de Porto Alegre, a maratona de Punta Del Leste, MoutainDo de dupla, há sem esquecer que o incio do ano fez o Meio Iron do Pinhal......
Isto bate em você como um grande elogio e incentivo, porém hoje véspera da prova, sozinho no hotel bate um medo, uma insegurança, afinal você não têm ninguém conhecido para dizer e expresar seus medos.....
E principalmente, descobre o quanto AMA sua familia, sente falta de sua casa, de suas coisas e de todo o apoio do seio familiar, por isto ligo para a SIMONE de momento em momento, pois infelizmente por motivos de trabalho de ambos, minha amada não está aqui comigo, isto é muito ruim......
Mas eis que leio um e_mail enviado pela Cecilia, uma colega de equipe e maratonista........
Publico-o abaixo para que todos tenham o sentimento que estou agora.........
VENDE-SE TUDO - Martha Medeiros
No mural do colégio da minha filha encontrei um cartaz escrito por uma mãe, avisando que estava vendendo tudo o que ela tinha em casa, pois a família voltaria a morar nos Estados Unidos. O cartaz dava o endereço do bazar e o horário de atendimento. Uma outra mãe, ao meu lado, comentou: - Que coisa triste ter que vender tudo que se tem. - Não é não, respondi, já passei por isso e é uma lição de vida. Morei uma época no Chile e, na hora de voltar ao Brasil, trouxe comigo apenas umas poucas gravuras, uns livros e uns tapetes. O resto vendi tudo, e por tudo entenda-se: fogão, camas, louça, liquidificador, sala de jantar, aparelho de som, tudo o que compõe uma casa. Como eu não conhecia muita gente na cidade, meu marido anunciou o bazar no seu local de trabalho e esperamos sentados que alguém aparecesse. Sentados no chão. O sofá foi o primeiro que se foi. Às vezes o interfone tocava às 11 da noite e era alguém que tinha ouvido comentar que ali estava se vendendo uma estante. Eu convidava pra subir e em dez minutos negociávamos um belo desconto. Além disso, eu sempre dava um abridor de vinho ou um saleiro de brinde, e lá se iam meus móveis e minhas bugigangas. Um troço maluco: estranhos entravam na minha casa e desfalcavam o meu lar, que a cada dia ficava mais nu, mais sem alma. No penúltimo dia, ficamos só com o colchão no chão, a geladeira e a tevê. No último, só com o colchão, que o zelador comprou e, compreensivo, topou esperar a gente ir embora antes de buscar. Ganhou de brinde os travesseiros. Guardo esses últimos dias no Chile como o momento da minha vida em que aprendi a irrelevância de quase tudo o que é material. Nunca mais me apeguei a nada que não tivesse valor afetivo. Deixei de lado o zelo excessivo por coisas que foram feitas apenas para se usar, e não para se amar. Hoje me desfaço com facilidade de objetos, enquanto que torna-se cada vez mais difícil me afastar de pessoas que são ou foram importantes, não importa o tempo que estiveram presentes na minha vida... Desejo para essa mulher que está vendendo suas coisas para voltar aos Estados Unidos a mesma emoção que tive na minha última noite no Chile. Dormimos no mesmo colchão, eu, meu marido e minha filha, que na época tinha 2 anos de idade. As roupas já estavam guardadas nas malas. Fazia muito frio. Ao acordarmos, uma vizinha simpática nos ofereceu o café da manhã, já que não tínhamos nem uma xícara em casa. Fomos embora carregando apenas o que havíamos vivido, levando as emoções todas: nenhuma recordação foi vendida ou entregue como brinde. Não pagamos excesso de bagagem e chegamos aqui com outro tipo de leveza. ... E se só possuímos na vida o que dela pudermos levar ao partir, é melhor refletir, e começar a trabalhar o DESAPEGO JÁ!
Deco....Não que Eu esteja muito afim de vender minhas coisas neh tchê, é mais no sentido figurado da situação......
Mas tenho que dizer, é uma grande experiência correr uma maratona, sozinho em um lugar desconhecido.....(Já publiquei aqui, que todas minhas corridas estava com minha amada e minha equipe, diferentemente desta)

Nenhum comentário:

Postar um comentário