quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

A INCRIVEL VIAGEM AO MUNDO DO TRIATHLON – PANAMERICANO ITU CUP LA PAZ – AR / PARTE II

Seguimos com a prova de La paz: Após o acontecimento da entrevista, fomos almoçar e descansar para a largada que ocorre às 16hs, comemos um prato de “PASTA” (massa) com o incrível custo de 10 pesos argentinos (R$1,00 = 0,46 pesos) em um restaurante em frente a nossa pousada, que ficava 200 metros da área de transição. A esta altura estávamos acompanhados do nosso amigo SANTIAGO MENDONÇA / 3T, que foi assistir a prova e auxiliar os ex-companheiros de equipe RaiaSul (agora o mesmo possui a equipe ProRunner em SC). Chegamos na T1 e fomos colocar água nas bikes, pois as mesmas estavam sob um sol de 40º e trouxemos as caramanholas congeladas do hotel, deixamos tudo pronto em tentamos marcar bem o local da bike na T1, para que ficasse mais fácil a visualização em meio as 700 bikes (Eu coloquei uma bandeira do Brasil presa ao cavalete), fomos então para a concentração do transporte na natação, pois os atletas são levados de barco 2.200 metros rio acima para a largada, ou seja saímos da T1 de barco e voltamos nadando. Dentro do barco aquela pressão de todos os argentinos, chilenos, cubanos, uruguaios, bolivianos, ingleses olhando nossas roupas do Brasil (em bem da realidade, mais os argentinos que os outros afinal a rivalidade não é só no futebol). Chegamos para a largada, estava com vento forte e o rio encontrava-se mexido demais, após uma breve explanação da organização tudo em espanhol, nós aquela altura pelo nervosismo não entendíamos nada e com um calor de matar dentro das roupas de borracha, ficávamos que nem mulita no sol - metade do corpo dentro d’água, metade dentro do barro.... Bueno estamos todos alinhados e sem nem ao menos aviso de 5,4,3,2,1 e sim só o “PIMMMMMMMMM” da sirene deu-se a largada... Saímos feito um bando de locos tocando os peito na água rio abaixo, uma natação tranqüila meio tensa em virtude do tamanho do rio, da água escura, da corrente forte, dos aguapés que se encontra pelo caminho, acima de tudo saímos bem da água.... Primeiro o Guilherme, depois o Henrique, depois o Gustavo e por último Eu (todos com a diferença de 20/30 segundos um para o outro, conseguindo assim manter no visual durante a transição. Ai que começa a peleia, cada um saiu em um pelotão diferente... No meu pelotão havia mais ou menos 40 ciclistas (melhor 10 argentinos), um pedal forte sempre a 38/39 km p/h porém tenso, pois os ciclistas trabalham como ciclistas mesmo, fazendo diversos ataques, te encostando para o meio fio, tentando de cansar ou te retirar da roda do pelotão (principalmente os brasileiros), consegui me manter escondido quase que 100% do percurso, atacava só pra não deixar uma parte do pelotão dispersar, foram 40 km de sem conseguir tomar água, pois não poderia perder a roda, nosso atleta GUSTAVO no retorno dos 20km foi tomar água e se descuidou e o pelotão atacou, resumo perdeu o ataque e não buscou mais a roda ficando pra pedalar sozinho contra o vento. Os últimos 5 km são percorridos dentro da cidade de La PAZ, a chegada tem uma grande semelhança com uma prova de ciclismo uma vez que todos vem no sprint e tentando deixar os adversários para atrás e Eu não perdi a jogada e incorporei o espírito, cheguei dividindo o espaço da rua com mais 5 argentinos, como o povo gritando e a organização falando BRASIL, BRASIL, BRASIL, BRASIL no microfone, e o pangaré aqui não acreditando o que estava acontecendo.... Fiz uma T2 rápida e sai pra correr, os primeiros 600 metros é uma subida íngreme e em curva dentro da cidade, com um túnel de pessoas aplaudindo e gritando o teu nome e teu país...algo inacreditável! Bueno indiada, o texto já está grande demais vamos deixar a corrida e a chegada pra amanhã.... Abaixo o vídeo da T1;

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