sexta-feira, 4 de novembro de 2011

CORRIDA NO TRIATHLON - CORRER É MAIS QUE NECESSÁRIO!

A cada dia me convenço mais que a corrida é a parte mais importante, diria decisiva na provas de triathlon.
Se fizermos uma analise desde provas curtas a provas de IronMan:
Vamos lá;
Começamos com o campeonato mais "digamos famoso" de provas olímpicas o Dextro Energy Triathlon Series Rankings, se pegarmos os 3 primeiros colocados do ranking:
1 Alistair Brownlee (GBR) 4285 pontos
2 Jonathan Brownlee (GBR) 3992 pontos
3 Javier Gomez (ESP) 3671  pontos

E agora analisarmos suas corridas em 10 km na última prova (assim não vamos fazer uma média)
Alistair Brownlee = 10km 00:29:49
Jonathan Brownlee = 10 km 00:29:59
Javier Gomez  = 10 km 00:30:06 (estava em um dia ruim)

Podemos notar que mesmo em uma prova relativamente curta: 1500m de natação + 40 km de ciclismo + 10km de corrida e sendo todos atletas de altíssimo nível a corrida é que faz o diferencial para o vencedor.
Obviamente se algum destes atletas, saísse da água mais de 4/5 minutos atrás consequentemente não pegaria o pelotão principal e não sairia para correr em condições de tirar tempo a cada km para chegar em primeiro, afinal em 10km com atletas de nível semelhante a diferença é muito mais difícil de ser buscada.

Agora se analisarmos provas de IRONMAN - provas de Endurance, podemos notar que a corrida novamente faz toda a diferença, Andy Potts em KONA 2011 saiu da agua 00:49:44 e após o pedal correu a maratona para 03:07:20 o vencedor Craig Alexander saiu da agua 00:51:56 e após o pedal correu a maratona 02:44:03, porém temos a variável do pedal no meio destas duas modalidades, mas o que estamos analisando aqui e a efetividade da corrida após todo este esforço, agora vamos mais longe ainda:
No feminino Juli Dibens saiu da agua com 00:51:58, pedalou para 04:44:15 e não terminou a maratona, a vencedora Crissie Wellington saiu da agua com 1:01:03, pedalou para 04:56:53 isto lhe dá uma diferença de quase 20 minutos para a líder e mesmo assim sua maratona foi: 02:52:41, mas como Juli não terminou a prova, vamos tirar a "prova dos 9" sobre a corrida:
Mirinda Carfrae saiu da agua com 00:57:17, pedalou para 05:04:17 e correu para 02:52:09 ou seja neste caso o equilíbrio das modalidades não fez a diferença sobre a vencedora, a maratona ainda precisaria ser mais rápida, os 39 segundos mais rápidos não foram suficientes.

Bem com tudo isto, cada vez mais me convenço que devemos treinar muito o que somos fracos (a modalidade) porém devemos treinar mais ainda a modalidade que somos fortes, pois é com esta que faremos a diferença e principalmente:
CHEGAR PARA A MARATONA EM CONDIÇÕES DE CORRER, CORRER, CORRER, CORRER SEM CAMINHAR UM ÚNICO MOMENTO  E DE TOTAL PREFERÊNCIA NO RITMO DE COMO SAÍSSEMOS PARA FAZER APENAS UMA ÚNICA MARATONA NAQUELE DIA! DIFÍCIL, SIM! IMPOSSÍVEL NÃO! BASTA OLHARMOS OS TEMPOS ACIMA.


Abaixo alguns vídeos de corridas
1º Corrida dos Prós no IM KONA 11

2º Vídeo: Treino de um maratonista profissional - MEB KEFLEZIGHI 02:09:00 em Londres

Um comentário:

  1. Deco, o negócio é esse mesmo. A corrida sempre define, raras excessões. Eu mesmo sempre que consigo chegar melhor, é a corrida que fecha. E é isso mesmo, não adianta focar só no ponto fraco e esquecer o mais forte. O fraco tem que ser 'passável' e o forte melhorado sempre !

    Abraço e bons treinos que punta tá aí !!!!

    ResponderExcluir