sábado, 19 de julho de 2008

ESCÂNDALO NO TOUR - EPO / Parte I

EPO - Hormônio sintético de Eritropoietina
Efetiva, ilegal e mortal
Os escândalos que atormentaram o Tour de France de 1998 divulgaram amplamente o sistemático abuso do hormônio sintético EPO para melhorar a performance. No começo do Tour de France, os ciclistas Alex Zuelle e Laurent Dufaux, da equipe Festina, admitiram tomar EPO, e o diretor da equipe confessou organizar o doping sob controle médico. Enquanto a imprensa popular demonstrou choque em relação ao uso disseminado de EPO entre ciclistas de ponta, aqueles próximos ao esporte indicavam que o abuso do EPO havia permeado o escalão de topo dos ciclistas pela década passada.
O que é EPO?
EPO (abreviação de eritropoietina) é um hormônio secretado pelo rim que estimula a medula óssea a elevar a produção de células vermelhas do sangue. O principal benefício do treinamento em altitude é aumentar a produção natural de EPO (eritropoietina), o que eleva a quantidade de hemoglobina no sangue. Oxigênio é transportado no sangue ligado à hemoglobina. Portanto, uma elevação de EPO ocasiona o aumento na capacidade de transporte de oxigênio pelo sangue. Mais oxigênio no sangue significa mais oxigênio alcançando os músculos para a produção de energia aeróbica, o que melhora a performance de ciclistas, corredores de longa distância e outros atletas de resistência.
Há duas formas ilegais de elevar a capacidade de transporte de oxigênio no sangue de um atleta. Uma é o doping sangüíneo, a qual era a melhor tecnologia disponível nos anos 70 e boa parte da década de 80. Doping sangüíneo envolve remover e estocar um litro do próprio sangue, esperar algumas semanas até que o corpo tenha restaurado a quantidade de células vermelhas do sangue, e então reinjetar as células vermelhas estocadas. Doping sangüíneo requer a redução da qualidade do treinamento depois que o sangue for tirado, e é um procedimento bastante complicado.
A maneira moderna de aumentar ilegalmente a capacidade de transporte de oxigênio do sangue é injetar a versão sintética de EPO. Esse hormônio é produzido sinteticamente para tratar pacientes com mau funcionamento dos rins, câncer e AIDS. Pelos últimos 10 anos, uma parte da produção de EPO fez seu caminho para aos mãos de atletas. No começo desse ano, Eddy Planckaert, belga ex-campeão de ciclismo, confessou ter tomado EPO em 1991 e declarou que durante os últimos dois anos de sua carreira (1990 e 91) muitos outros ciclistas estavam usando EPO. Porém, junto com a melhora na performance em decorrência de EPO, vem uma série alarmante de mortes controversas entre ciclistas de topo. Entre 1987, quando EPO ficou disponível na Europa, e 1990, dezoito ciclistas belgas e holandeses morreram abruptamente, levantando suspeitas que os usuários ingenuamente não sabiam que estavam brincado com fogo.
Deco....

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