sexta-feira, 17 de setembro de 2010

DUVIDAS DE UM TRIATHLETA - PARTE II – QUANTO MAIS EU GANHO EXPERIÊNCIA, MENOS SEI SOBRE O TRIATHLON NO BRASIL?

A algum tempo assino a revista TRISPORT, e nesta edição numero 76 (que chega em minha residência no dia 15 do mês após o lançamento) foi a matéria mais interessante e cheia de novidades para mim sobre o triathlon no BRASIL. Quando nomeei o post de –QUANTO MAIS EU GANHO EXPERIÊNCIA MENOS SEI SOBRE O TRIATHLON NO BRASIL, poderia também ter dito – QUANTO MAIS EXPERIÊNTE FICAM NOSSOS TRIATHLETAS MAIS ABANDONADOS ELES SÃO PELO BRASIL. Mas qual a relação deste post com o da PARTE I, ou qual a relação com a matéria publicada na TRISPORT.

Vamos lá. Nesta edição saiu na capa o Reinaldo Colucci cruzando a linha de chegada do Tiszaújváros – Hungria ITU em primeiro lugar, imagem esta que nós triathletas que procuramos informações na internet já sabíamos e acompanhamos este feito, também somos sabedores que é após um jejum de 12 anos – isto foi bem explorado pela mídia esportiva – CBTRI inclusive. Porém o mais interessante é que nesta mesma edição vêm um bate-bola entre 3 ícones do TRIATHLON – LEANDRO MACEDO / ALEXANDRE MANZAM / REINALDO COLUCCI – tive a grata satisfação de conhecer este 3 atletas, Macedo quando esteve em Porto Alegre em uma clinica de triathlon antes de uma etapa do SESC – clinica completa (natação – ciclismo – corrida – bike fit – transição). Manzan quando participei do XTERRA, extremamente atencioso com todos os atletas amadores. Colucci quando competi no SESC/09 e o mesmo foi campeão da etapa, um atleta sem palavras para descrever.

Mas o que mais interessante neste trio é suas vitoriosas trajetórias no esporte.

  • Você sabia que MANZAN / MACEDO tinham as melhores corridas do campeonato mundial de triathlon na década de 90 (na casa dos 30/31 p/10km e os demais na casa dos 33).
  • Você sabia que MANZAN/ MACEDO disputaram 1ª e 2ª colocação em uma etapa da ITU no Japão em 1998, sendo Manzan o ganhador desta etapa. Entre outros tantos feitos dos brasileiros nesta fase do triatlhon mundial!

Para responder estas perguntas, primeiro pense nestas palavras proferidas por MANZAN:

"...NAQUELA ÉPOCA VIVIAMOS O AUGE DO TRIATHLON NO BRASIL. TINHAMOS UM CONSISTENTE CAMPEONATO BRASILEIRO, COM BOA PREMIAÇÃO, BOA ESTRUTURA E PROVAS LOTADAS. APESAR DE POLÊMICA, A GESTÃO DA CBTRI NA ÉPOCA INVESTIA PESADO EM PROFISSIONAIS E NOS ATLETAS DE BASE. LEMBRO-ME DE VIAJAR VARIAS VEZES JUNTO COM 10 ATLETAS BRASILEIROS PARA ADIQUIRIR EXPERIÊNCIA NO CIRUITO MUNDIAL. ATUALMENTE, OS ADMINISTRADORES DE CONFEDERAÇÕES ESPORTIVAS ESTÃO MAIS PREOCUPADOS EM ETERNIZAR SEUS CARGOS DO QUE INVESTIR NO FUTURO DO ESPORTE..."

É indiada macanuda, parece que nossa realidade gaúcha é espelhada na realidade do Brasil esportivo. Difícil entender porque isto é assim, porque a eternização é mais almejada que a valorização pelas conquistas e pelo crescimento do esporte, onde o nome de quem ajudar a somar para construir ficará eternizado e não se auto eternizar por valorização própria. Assim mais duvidas aparecem e dentre elas, onde esta o profissionalismo na gestão de nossas FEDERAÇÕES e CONFEDERAÇÕES? E dentre tantas, uma me atormenta mais – ONDE VAI PARAR O TRIATHLON BRASILEIRO NO CENÁRIO MUNDIAL E PIOR AINDA NO CENÁRIO NACIONAL, PORQUE NO CENÁRIO GAÚCHO JÁ SABEMOS O DESTINO, BASTA ANALISAR A QUANTITATIVO DE FILIADOS À 3/5 ANOS ATRAS E TEREMOS A NITIDA NOÇÃO DO CAMINHO QUE ESTAMOS TRILHANDO. Segue....

6 comentários:

  1. Oi, Deco!
    Dada minha tristeza frente a essa situação do triathlon no RS, eu poderia escrever uma grande redação sobre a falta de profissionalismo ou dos absurdos que alguns presidentes de federações/confederações fazem (gastar mais dinheiro pra enviar dirigentes desnecessários do que atletas a eventos internacionais, por exemplo), entre outros problemas.
    Mas acho que existe uma frase que resume muito bem grande parte dos problemas do triathlon no RS e no Brasil: “Os políticos e as fraldas devem ser mudados frequentemente, e pela mesma razão.” (Eça de Queiroz)

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  2. Em 2003, quando comecei na Elite, o pelotão tinha Chacur, Roberto Lemos, Santiago Mendonça, Ermindo Gorski, Frank Silvestrin, Daniel Vist, Alex Azambuja, Mário Gralha, André Senna e Eduardo Kleinubing...que saudades de fazer apostas sobre quem iria vencer a prova.

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  3. Acredito que, assim como na política, o primeiro caminho é o debate do tema. Bela iniciativa a sua!!!
    Seria interessante e salutar ao debate ouvir a outra parte também...será que a FGTri irá se manifestar???? Fica o convite!!!
    Um calendário que muda todo mês é outra coisa que me entristece...quebra qualquer planejamento!!! Mas acho que isso é assunto para os próximos posts...

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  4. Boa Deco!
    Muito bem posto pelo Manzan e parabéns por chamar a atenção a este "detalhe"...
    Abraços!

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  5. Será que o Ministério público não poderia investigar toda essa "maracutaia"?
    Certamente tem muita coisa ilegal nessa novela mexicana!!!

    Outra coisa: Se somos todos indignados com a Federação/Convederação, porque não podemos ter voz ativa (e ouvida) pelos dirigentes ou pelas afiliadas (ou por quem nos representa, ou por Deus...)???

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  6. Pensando no assunto, acredito que poderíamos ter uma associação de triatletas atuante (ao invés de apenas um atleta) para que nos representasse nas reuniões/discussões da FGTRi...alguém se habilita???
    Reclamar que não tá bom é fácil...precisamos de sugestões pra alavancar o esporte!!!

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