quinta-feira, 11 de setembro de 2008

RELATO MARATONA DE PUNTA DEL LESTE - POR GRANDE PARCERIA - DUDA

Que sensação é essa??!!! Com meus 34 anos de vidas, posso dizer que já fiz bastante coisa nesses anos todos. Já tive a oportunidade de morar e trabalhar sozinho em um pais estrangeiro, estudar em internato (por livre opção), viajar, conhecer novas pessoas, praticar inúmeros esportes, etc. Todavia, nunca havia corrido uma maratona. Na verdade, a corrida sempre me atraiu, mas em decorrência dos afazeres do dia-a-dia, atividades profissionais e sociais deixava de lado a “velha e boa corridinha”. Influenciado pelo meu pai, que sempre gostou de correr, comecei a dar minhas primeiras passadas há algum tempo atrás. Eram corridas esporádicas e totalmente despreocupadas. Muitas vezes corria para acompanhar meu pai, outras para curar a ressaca ou, só pelo fato de correr. Até que um dia, mais precisamente em Dezembro/07, após muita insistência do meu amigo Dede, ingressei para a equipe Daniel Rech. O nome da equipe fala por si só. Não é preciso tecer qualquer comentário sobre a competência, disposição, paciência, alegria e, principalmente, pela parceria que é essa excelente pessoa chamada Daniel Rech. Sem dúvida, a “família (equipe) Daniel Rech” dispensa qualquer comentário. Foi através dos integrantes dessa equipe que dei início aos treinamentos de corrida. Devagar, devagarzinho (era eu e o Martinho da Vila, hehehehe), comecei a percorrer 5km, 10km, até o dia em que fiz a primeira Meia-Maratona, com a minha grande parceria Leila. Com o passar do tempo aquelas “corridinhas” despreocupadas começaram a se tornar algo viciante. Pouco a pouco o condicionamento físico foi melhorando e a vontade de superar algumas barreiras começou surgir. Foi então, após nove meses de equipe, que surgiu a oportunidade de correr a Maratona de Punta Del Este. Com o incentivo de todos os integrantes da equipe, em especial de duas grandes pessoas, o Nilton e o Vitor, a vontade de correr a maratona foi aumentando. Foi através deles que comecei a perceber que seria possível correr uma maratona. O Nilton com seus conselhos inspiradores e motivacionais, e o Vitor com seus conselhos técnicos e igualmente motivacionais, fizeram perceber que seria possível sim, correr a maratona de Punta. Estabelecido a meta e feito a inscrição, bastavam os ajustes finais para o grande dia. Treino, treino, alimentação e repouso (esse último, nem tanto, heheheh). Bom, estava tudo pronto. Dia da partida para a 1ª Maratona da minha vida: 05/09/08. Após 14 horas de viagem chegamos ao destino. Agora, restava vestir a camiseta e correr!!! Uma noite antes, o nervosismo e a ansiedade eram enormes. No quarto os últimos preparativos, para o grande dia: chip no tênis, número na camiseta, gel, Advil entre outros apetrechos que foram de suma importância para a conclusão da tarefa. Chegado o grande dia a tensão era grande, mas a alegria do Alexandre (maestro) e do Pedro que puxavam o coro entoando o hino riograndense, foi uma injeção de adrenalina antes da partida. A homenagem ao nosso técnico (Daniiiiiii, viadoooo!!!), relaxou e fez que com que a tensão fosse embora devagarzinho. Dada a largada, a cada passo, aquilo que era um sonho, tornava-se uma realidade concreta. A cada quilometro percorrido na parceria do Dani e do Nilton aumentava a vontade de completar a prova. Os primeiros 10km, em seguida 20km, 30km, 35km, 38km, 39km, 40km, 41km e.......42km195m. Esses últimos quilômetros pareciam intermináveis. Principalmente os 2 últimos. Esses foram os mais longos da minha vida. A quem diga que 2 km é 2km e pronto. Quem fala isso é porque nunca correu uma maratona. Para mim, esses últimos quilômetros foram os mais longo que já corri na minha vida, dois quilômetros que pareciam intermináveis. Mas enfim, a tarefa foi cumprida, e aqueles dois quilômetros intermináveis, TERMINARAM. Após cruzar a linha de chegada, experimentei uma sensação que nunca havia sentido antes (nem dormir no quarto com o Japa foi melhor). Algo inexplicável, êxtase total, algo que só quem um dia fez uma maratona poderá experimentar e entender QUE SENSAÇÃO É ESSA.
EDUARDO PARIS

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