Bueno indiada campeira, não só de repontes foi realizado o DESAFIO DA SERRAS – Vale ressaltar que estas histórias, cobertura fotográfica será publicada na revista VO2 do mês de Março.
Mas então tchê, foi um TRAINING CAMP para este bagual que vos escreve, no primeiro dia na serra entre Novo Hamburgo e Nova Petrópolis sofri como burro na soga, mas sofri por falta de conhecimento de como encarar uma serra, ou seja, de como exercer a força no pedalar feito um ESCALADOR.
Aqui abro um parêntese, para muitos (e já ouvi demais isto) fazer força em LOMBA/SERRA não leva a nada, não trás condicionamento, acarreta lesões. Tchê não sou o expert para argumentar sobre este assunto, o que posso dizer como experiência pessoal que tudo é TREINÁVEL (palavras do Ciro Violin) e com certeza um pedal em lugares paradisíacos nos trás uma imensa sensação de liberdade e para os amantes do ciclismo isto já é um agravante para suprir o sofrimento.
Mas voltando ao primeiro dia da serra.
Subi fazendo força, com uma cadência alta (firme) já de inicio afogando, despreparado para fazer força em um grande espaço de tempo e ganhando o aclive como adversário.
Não preciso dizer que terminei o dia com mais dores no ANTEBRAÇO do que nas pernas, pois como disse o Max, meu guidão ficou torcido de tanto que Eu exercia força sobre o mesmo, a fim de puxar para alavancar a perna.
No Domingo acreditava que seria quase impossível realizar o segundo dia do trajeto, pois seriam 18 km de serra sem descanso, subindo o tempo todo.
Eis que entra em cena o mestre IODA – MAX, antes um pouco o LOOD arrumou a posição do banco de minha bike (esta preparada para bike de triátlon com clip).
Max me disse:
Com palavras calmas e serenas – tudo isto andando de bike!
- Larga a mão sobre o guidão sem pressionar o tubo
- Senta o quadril o mais para trás possível
- mantém uma cadência leve e confortável, mas não o mais leve possível, pois se faltar em uma parte mais íngreme tu consegue aliviar e retomar o fôlego.
- Utilizar a parte da puxada e empurrar o pedal, revezar – contar 10 vezes empurrando e descansando a puxada, 10 vezes puxando e descansando a parte que empurra,
- quando a serra for imprime e longa, mantém o olho na roda evita olhar para frente para não perder para o psicológico.
-Bueno não precisa dizer que estas dicas me levaram ao topo da serra com muita tranqüilidade, sem nenhum tipo de dor e em um dia atípico – chovendo muito.
Resumindo: Ciclismo, como corrida e natação é muito mais TÉCNICA DO QUE FORÇA, CLARO OS DOIS ALIADOS FAZEM UM EXCELENTE TRABALHO.
LOOD e MAX subindo a serra
Tenho colocado em prática estes aprendizados inclusive nos treinos planos e estou achando muito mais efetivo o treino de pedal.
PARECE QUE O USO DESTA TÉCNICA VÊM BEM ANTES DESTE PANGARÉ PENSAR EM PEDALAR, VEJAM A POSIÇÃO DE FAUSTO COPPI
Fausto Coppi (Itália, 1919): O melhor ciclista italiano da história, por vezes apelidado de um dos precursores do ciclismo moderno, pelas suas “inovações” na dieta e no treino mas também na “química”, numa era pré-dopagem. Ciclista moderno, dominador nos contra-relógios e na montanha, Coppi conquistou a corrida rosa por cinco ocasiões, assim como construiu um palmarés com grande parte das importantes corridas do calendário. A sua rivalidade com Bartali dividiu o país. A morte do “campionissimo” - apelido nunca atribuído a outro corredor - ocorreu de forma trágica: após contrair malária numa corrida realizada no Burkina Faso.